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O rock está morto para quem tem ouvidos em óbito![]() Por Duda Rocha, jornalista, cantora e ativista feminista. Eu ouço de muita gente que o rock morreu. Amigos que adoro, amigos que tocam comigo, amigos que vejo por aí, amigos que, pasmem, trabalham com música. O papo é sempre o mesmo “ah, não tem mais banda legal de rock como o Led Zeppelin, Deep Purple, The Cult, TNT etc.” Toda a vez que ouço isso, penso em virar e dizer: “Queridx, acho que quem morreu foi você”. A ideia que a gente faz de “música boa” é pessoal sim. E isso não se discute, gosto não se discute, mas se argumenta. Quando eu tinha 12 anos, achava que toda e qualquer música que não fosse essencialmente rock n’ roll não era música. Tudo bem, faz parte da formação de todo o adolescente encontrar sua tribo e não ter vontade de ouvir coisas que se diferenciem disso. É, digamos, compreensível isso acontecer na adolescência. Mas acredito que quando se tem uma certa idade, em que a maturidade se faz mais presente, o preconceito com outras culturas é perceptível. Uma vez vi um meme fazendo piada disso. Batman esbofeteava Robin dizendo: “Pare de achar que cultura é só aquilo que você gosta”. É isso. Mas não são só o Funk, o Pop, o House, o Pagode, o Sertanejo, o Forró e o Samba que sofrem o preconceito dos ditos “rOcKeIrOs” da antiga. O próprio rock sofre isso. Dizer que o rock n’ roll está morto é uma contradição. Um porque, pelo menos a meu ver, o rock é bem mais do que guitarra, baixo e bateria. É atitude, é usar a cultura como protesto, como linguagem, como liberdade. E se você priva as novas canções disso, então quem está matando o rock é você. Se você gosta de rock n’ roll cru, tem muita banda nova fazendo isso. No Brasil é perceptível o crescimento de bandas, cantores e cantoras com sons incríveis de bandas como Far From Alaska, Selvagens à Procura da Lei, Carne Doce, O Terno, Dingo Bells, Maglore, entre outras. Tem também bandas saindo do forno como Cafe Republica, The Outs, Baleia, Beach Combers e Ventre. Já quem gosta de rock gringo mais elaborado, por favor, temos Arctic Monkeys, Twenty one Pilots, Young the Giant, Cage the Elephant, Tame Impala e Florence and The Machine. Se curte um rock no estilo Velvet Underground, tem muitos músicos fazendo maravilhas com essa influência. Vá ouvir Mac Demarco, Father Misty John, Fleet Foxes e Sharon Van Etten. E o que dizer das bandas antigas que voltaram lançando álbuns maravilhosos? Paul McCartney, Queens of The Stone Age, Radiohead, The Strokes e Titãs são só alguns exemplos. Para encerrar, eu peço que vocês, sim, vocês que dizem que o rock está mortinho da Silva, ouçam o novo álbum do Red Hot Chilli Peppers, “Dark Necessities”. Disco sensacional de uma banda em que o baixista, Flea, recentemente deu uma entrevista dizendo “o rock está morto” (opa! Mas e o teu disco??). Sim, queridxs, ele está redondamente enganado. VRAAA! Na sua cara.
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Junho 2021
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