O ano é 1950, 13,6% das mulheres brasileiras trabalhavam. Em 2020, mais de 40% ocupam os empregos do país. Mas ainda recebem salário inferior ao dos homens e passam o dobro do tempo, em relação a eles, fazendo tarefas domésticas. As estatísticas do IBGE apontam evolução, no entanto, é insuficiente, por isso seguimos na luta. O Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, não é uma data comemorativa criada pelo comércio, mesmo que a apropriem dessa maneira quando o mês chega. É o dia em que lembramos, no Brasil, do incêndio na fábrica de roupas Nova Iorquina Triangle Shirtwaist que, de forma trágica - a morte de 123 mulheres e 23 homens - denunciou as más condições de trabalho enfrentadas. Na época, a desumanidade de trancar as portas para que as funcionárias não saíssem para pausas impediu que essas 146 pessoas - ou parte delas - se salvassem. Hoje, sendo otimistas, as condições de trabalho melhoraram, mas as mulheres continuam enfrentando algo daquela época - aliás, que sempre enfrentaram: o machismo. Com ele vem o assédio, o salário inferior, a falta de oportunidade para crescer na empresa - quase 60% dos cargos de liderança são preenchidos por homens. Tudo por ser mulher. Em contrapartida a isso, nasceu o Movimento #MeEscuta, que luta por mais espaço e respeito para as mulheres no mercado de trabalho. Ele foi criado em 2017 pela Enquadra Digital, que tem a Maria Eduarda Fortuna como diretora, e nesta edição conta com a participação de outras mulheres que já fazem a diferença na sociedade: Patrícia Carneiro, da Plann, Miriã Antunes, da Plural, e a dinda Alexandra Zanela. São empreendedoras. Buscam por mais cargos de liderança para as mulheres. Querem ser ouvidas. Desejam que a cor ou orientação sexual não sejam motivos de exclusão. Querem inspirar, debater, gerar impacto real na vida de outras mulheres. Lutam por igualdade e querem enfrentar o mercado sem medo. Juntas, porque assim são mais fortes. O primeiro ato do #MeEscuta foi um vídeo-Manifesto, assista: Além do Manifesto, as histórias de três mulheres inspiradoras foram contadas, também em vídeo. Caroline Damazio, psicóloga e mestranda em Saúde Coletiva pela UFRGS. Mulher negra que conquistou a sua posição a partir da referência e apoio de iguais para construir a sua trajetória. Assista: Evelyn Mendes, mulher transexual. A analista e desenvolvedora de sistemas já enfrentou muito preconceito e violência. Assista: E Gabriela Ribeiro de Souza, advogada. Ela criou o primeiro escritório de advocacia do Sul do Brasil focado em atender causas femininas. Suas ações já mudaram leis. Assista: O Movimento #MeEscuta também vai selecionar mulheres empreendedoras que têm ideias e negócios que precisam de apoio para um workshop totalmente gratuito. A intenção é ajudá-las a desenhar seus projetos de negócios e instrumentalizá-las para que ganhem ainda mais voz nas redes sociais.
O evento ocorre no dia 9 de maio no TecnoPuc, em Porto Alegre, quando serão oferecidas oficinas de planejamento, networking, redes sociais, assessoria de imprensa e produção de vídeos. Cinco destas mulheres serão selecionadas para receberem mentoria das profissionais durante o ano inteiro. Acompanhe o #MeEscuta no Instagram e no Facebook da Enquadra Digital.
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Novembro 2022
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