Redação Padrinho
Morar em centros urbanos e ter uma horta ou jardim, mesmo que pequenos, parece ser bem complicado. É comum surgirem perguntas como: em que local colocar as plantas? Elas irão crescer com qualquer terra que eu usar? Como e quando devo regar? A doutoranda e bióloga Silvia Mara Almeida explica que é possível, sim, ter uma plantação em seu lar, inclusive orgânica. Para isso, basta escolher o recipiente adequado e encontrar a maneira certa de cuidar. De acordo com Silvia, que é professora universitária, a escolha da terra certa é fundamental para o início do plantio dos seus legumes e verduras. Solos muito duros, que não se 'esfarelam' quando segurados com a mão, não são os ideais. Em razão disso, as raízes não recebem os micro e os macro pólos necessários para germinar da maneira correta os alimentos. A solução? Usar substratos, que são excelentes opções. Substratos são encontradas em lojas de mudas ou especializadas em plantio. Confira no vídeo a explicação da bióloga sobre como manter uma bela área verde em uma residência.
0 Comentários
Afinal, o rock está adormecido ou não?Essa pergunta sempre volta quando o 13 de julho se aproxima. Há quem diga que ele já está morto e enterrado (mas a gente não acredita!). Convidamos 4 pessoas para escrever sobre esse assunto espinhoso! Então, coloca o fone de ouvido (ou não), bota o som no talo, arrasta os móveis e simbora ler textos deliciosos cheios de informação, atitude e muito música! Boa leitura e ótima música. :)
Se o rock morreu, não me avisaram![]() Por Homero Pivotto Jr., jornalista da Padrinho, pai do Benjamin, vocalista de banda ruim e comanda o projeto "O Ben para todo Mal." Sentei na frente do computador pra escrever sobre rock e pensei: preciso ouvir algo na linha, buscar inspiração! Divaguei mentalmente comigo mesmo e resolvi colocar Damn Laser Vampires, hoje defunta banda de Porto Alegre. Se morreu de vez não se sabe. Por ora, assim como as criaturas da noite que inspiram o nome do trio, repousa numa tumba em que escolheu para se retirar de cena. Diferentemente desse tal rock’n’roll, que ocupa covas que talvez nem suas sejam. Explico: essa assombração de achar que o rock morreu. Boto fé que o estilo está e sempre esteve aí para qualquer um que não tenha sido zumbificado pela ideia de que só há artistas interessantes no mainstream. Aí, nessa zona, talvez hajam algumas almas penadas do gênero. Mas há muita vida aqui embaixo, quem vem no sentido céu-inferno. O underground cria vários monstros que o showbusiness rejeita. Essa nóia de insistir que o rock morreu é uma visão muito comercial. Só avalia números, vendas, faturamento, quantidade de execuções e o caralho a quatro. E deixa de lado a questão criativa, que é onde deveriam estar os holofotes. Pode até ser ingênuo achar que o ecossistema roquístico sobreviveria sem girar a roda fortuna. Afinal, envolve gastos com equipamentos, ensaios, gravações, logísticas pra show e whatever. Pero yo voy considerar que, se, como creio, há um potencial que pode ser explorado - gente fazendo som irado -, então, talvez, deva-se repensar algumas situações. É meio o que a amiguinha Alexandra Zanela costuma afirmar sobre outro tema que nos é caro: o que está em crise não é o jornalismo, é o modelo de mercado. Poderia seguir fazendo proselitismo, mas tô mais na pilha de mostrar alguns nomes do submundo que nos fazem manter a fé no ritmo do tinhoso. E como a gente trabalha em uma empresa que gera conteúdo pra internet, vamos cagar isso aqui tudo com links. A ver! Se você busca o novo Foo Fighters do momento, no sentido de músicas bacanas e com apelo, mas sem perder a essência, ouça a Rebel Machine. Hardão de inclinações pop, com clichês bem colocados, refrães ganchudos e aptidão para rock de arena. Se preferir algo menos comportado, toma aí: Motorcity Madness. É como um Ramones turbinado pelo lado brucutu de um Motörhead da vida ou um MC5 dilacerado por criaturas horrendas saídas de alguma música do Misfits. Se o intuito é viajar no som, recomenda-se a Paquetá. Surf music garageiro maroto, embebido naquela psicodelia sapeca à la 60’s e mergulhado na imundície das águas que banham a região metropolitana da capital gaúcha. A Phanton Powers é igual, só que diferente. Aqui, a rapaziada desliza numa onda mais puxada pro psychobilly e pra um blues cruzão. Rumo a outras praias, temos a The Completers. Na verdade, aqui não há nada de ensolarado. A atmosfera é melancólica, pero empolgante. Coisa de góxico elegante que transita pelo vale das trevas com camisa de botão. Outro nome que ecoa alto no ambiente darks é a Lautmusik. Post-punk de categoria, daqueles que faria tia Siouxsie Sioux ficar orgulhosa. Foram escolhidos pelo próprio Robert Smith para abrir o show do The Cure em São Paulo, em 2013. Às sombras da humanidade também perambula a Shade of Mankind. Encharcada de pessimismo, arrasta uma cruz invertida encardida com o que há de mais sujo na música extrema. Também há clareiras de luz em meio à escuridão. É preciso até óculos de sol para proteger os olhos vermelhos. O stoner sabbhatico da Red Eye Flyes brilha por aí. Também merece destaque o punk crust da No Rest. Ao contrário do nome, a banda entra e sai de hiatos periodicamente, já que há integrantes morando fora do país. Porém, nunca deixou de tremular a bandeira negra que hasteia em prol das minorias e da quebra de preconceitos. Não como mais carne, só que resolvi puxar a brasa pro meu assado mesmo assim, já que todos os nomes citados são ativos e producentes aqui por estes pagos in tha south of heaven.
É só uma pequena amostra. Tem muito mais em nível nacional e mundial. Ainda que seja difícil tapar os ouvidos para tanto barulho, sempre tem os que se fazem de surdos. Aqueles que preferem ouvir só o que toca nas paradas de sucesso. Pra esses, nem adianta gritar. Apns, como diz o L7: pretend we’re dead. Nossos filhos ouvirão The Who e Beatles, enquanto coleguinhas o hit semana![]() Otto Herok Netto é jornalista, pesquisador musical, assessor de imprensa e produtor cultural. Trabalha na Record TV e é sócio da Gato Preto Comunicação. Reza a lenda que o Rock morreu. Indícios da morte tão falada e anunciada são muitos. Se não, vejamos: cada vez mais as rádios não tocam rock and roll, as emissoras de TV o marginalizam durante décadas, os cadernos de cultura estão mais interessados nos lançamentos do Netflix e os bares abrem cada vez menos espaço para bandas novas ou antigas, que ainda tocam o bom e velho ritmo bastardo, o filho do blues nascido lá no Delta do Mississipi. Porém, o rock e a grande mídia nunca tiveram uma relação lá muito cordial. Lembram dos álbuns do Led Zeppelin detonados pela revista Rolling Stone? A mesma publicação que afirmou que “Layla” era uma obra de mau gosto. Pois é.... Mas não e nunca será por causa da imprensa que o rock é o que é! A entidade mística formada por baixo, guitarra, vocal e bateria (um tecladinho ali, outro acolá) é um ser mutante e permanente que habita outros ares (atenção alerta de clichê!!!!): o coração e os ouvidos de quem gosta de rock. É no corpo de todo o roqueiro, seja ele menos ou mais praticante, que está o "Long Live Rock and Roll" e o motivo pelo qual ele não morre, apenas se transforma. Essa vontade de transformar outros seres em ouvintes de rock ou de uma de suas centenas de vertentes (hard, heavy metal, classic, psicodélico etc etc). Ao longo dos anos, um riff de Keith Richards pode soar diferente, mas a essência é a mesma. O vocal de Robert Plant pode não soar da mesma maneira ao vivo nos dias de hoje, mas lá no "Led Zeppelin 4" continuará poderoso por muitos e muitos anos. Essa magia quase infantil é que nos faz sermos roqueiros sérios e tradicionais. E mais: nossos filhos e netos também vão ouvir The Who e Beatles, enquanto alguns coleguinhas de colégio vão preferir o hit lançado na última semana. De geração em geração, nós os roqueiros, temos uma missão bem clara: difundir e compartilhar o conhecimento musical em formato de disco de vinil, CD, mp3, streaming ou telepatia. Se para muitos ele morreu, para nós segue vivo, “alive and kicking” e botando pra fuder! Dia 13 de julho é uma data a ser celebrada ou, simplesmente, não passa de mais um dia em que ouviremos; no carro, na rua, pra estudar, durante o sexo, no banho ou para desopilar depois de um dia cheio de trabalho; a mesma trilha sonora: o bom e cada vez mais jovem rock and roll!!!
O rock vive, e é para sempre![]() Por Renata Crawshaw, jornalista, baterista, produtora e do rock, dona do Lounge, projeto de shows intimistas. Não necessariamente nesta ordem. Lembro até hoje do primeiro grande show de rock que eu fui: Red Hot Chili Peppers em Porto Alegre. Foi o dinheiro mais bem gasto na minha época de colégio. Depois disso, eu estava anestesiada, saí de lá, com uma sensação de quero-muito-mais. E foi ali que eu descobri o que eu realmente gostava, que era isso que eu queria fazer. Naquele mesmo ano, comecei a fazer aula de bateria. Meu único (e humilde) objetivo era conseguir tocar “In Bloom”, do Nirvana. Em cinco meses de aula, já estava dentro do estúdio com algumas amigas para tentar tocar Ramones. Dali nasceu a primeira banda em que toquei: Blasé. Éramos quatro meninas sedentas por toda aquela balaca que só o rock and roll pode dar. Uma das minhas melhores experiências em cima do palco foi abrir para The Donnas, outra banda só de mulheres, mas bem mais conhecida e vinda direto dos Estados Unidos. Abrimos o show das nossas ídolas em casa. Foi lindo de ver! E eu mal sabia o que mais estava por vir. Um tempo depois, fui morar em Londres para estudar inglês. E onde fui parar? Em cima dos palcos dos melhores pubs britânicos com The Franklys, uma banda só de meninas: eu, duas suecas e uma inglesa. Foi a experiência mais perto de ser uma rockstar que eu tive. Pena que, depois de três anos, um tal de visto de estudante me sacudiu e me acordou com o dedo no nariz. Estava na hora de dar tchau e voltar. Sempre brinco que essa é a “triste história da minha vida”. Mas ela não é triste. Foram os melhores anos da minha vida até agora. E não só pela vivência de estar em uma banda de rock estrangeira. Me agarrei com unhas e dentes a todas as oportunidades que tive. Parecia que eu sabia que eu nunca mais teria aquilo de volta. Logo que pisei em solo inglês, comprei ingresso para ver a minha banda favorita do meu ídolo favorito de todos os tempos: Foo Fighters. Antes que chegasse o grande dia, eu me deparei com outro grande show caindo de maduro bem na minha frente: Paul McCartney e convidados no estádio de Liverpool. Wow! Como assim? Era possível eu visitar esta cidade cheia de história e ainda ver um Beatle ao vivo? Para quem saiu do Alegrete, isso era humanamente impossível de acontecer. Mas aconteceu! E foi a melhor indiada que eu já fiz em toda a minha vida: eu + quatro amigos passamos a noite dentro de um ônibus que, se eu dissesse que era desconfortável, estaria sendo até gentil. Durante o show, Macca anuncia seu convidado especial da noite. Ele, o próprio, em carne e osso: ladies and gentlemen, Mr. Dave Grohl! A minha reação no vídeo abaixo fala por si. Ver dois ídolos em um mesmo palco assim, logo na chegada da Terra da Rainha, me deixou em alfa. Quando eu vi Foo Fighters no Wembley Stadium (sim, aquele show do DVD!) tocando com Jimmy Page e John Paul Jones, comecei a entender. Meu único objetivo em terras estrangeiras era ver o maior número de shows possível para contar história depois. Eu lembro de ver bandas que jamais imaginaria chegar perto. Para citar algumas: Blondie, New York Dolls, Stone Temple Pilots, Them Crooked Vultures e mais um show secreto do Foo Fighters para menos de 500 pessoas – e foi nele que eu consegui uma pele de bateria autografada pela banda! Dá play no vídeo! Outra coisa que eu achava fascinante era a facilidade com que as coisas aconteciam lá fora. Um dia passei na frente de uma casa de shows e vi um cartaz meio tímido na porta anunciando Taylor Hawkins and The Coattail Riders. Pensei que não poderiam existir dois Taylor Hawkins no mundo da música e fui em busca do meu ingresso. Acreditem, na época foi mais barato que comprar meia dúzia de ovos, queijo, café, leite e pão aqui no Brasil.
Chegado o dia do show, fui sozinha com a minha câmera (ninguém me acompanhava mais, de tanto tempo que eu investia nisso). Era ele mesmo, cantando e tocando bateria, acompanhado de um guitarrista e um baixista. Como nunca é o suficiente para você estar feliz com o que está diante dos seus olhos, eis que o rapaz anuncia dois convidados básicos no palco: Brian May e Roger Taylor (sim, os mestres do Queen!). Eu não sei se dava pra notar, mas o meu queixo estava no chão com aquilo tudo. Era tão fácil, tão simples, tudo tão musicalmente funcionando. E eu ali, vendo e tentando registrar com os olhos e as fotos. Foram muitas experiências, muitos shows, muita panturrilha dolorida e muita sensação de estar sendo esmagada. Tudo isso graças ao nosso bom e velho rock and roll. E eu não trocaria isso por nada, absolutamente nada. E é daí que vem a minha resposta para a pergunta: “o rock está adormecido ou não?”. Jamais! Não é porque o mundo tá cheio de Ariana Grande, Anita, Despacitos e Justin Bieber que o rock tenha sumido. Cada um tem o seu espaço, e ele virou aquele rapaz meio de canto, quietão, que fica fumando um cigarro e balançando a cabeça conforme o ritmo da música. Sai sem avisar ninguém, mas sempre volta. Se você prestar bem atenção, ele tá ali, nas garagens clássicas, estourando amplificadores no estúdio ou tocando em bares semi-vazios que servem cerveja em copo de plástico. Quem gosta e quem sente tudo isso que eu descrevi, sabe bem onde encontrá-lo. Vive le rock! O rock está morto para quem tem ouvidos em óbito![]() Por Duda Rocha, jornalista, cantora e ativista feminista. Eu ouço de muita gente que o rock morreu. Amigos que adoro, amigos que tocam comigo, amigos que vejo por aí, amigos que, pasmem, trabalham com música. O papo é sempre o mesmo “ah, não tem mais banda legal de rock como o Led Zeppelin, Deep Purple, The Cult, TNT etc.” Toda a vez que ouço isso, penso em virar e dizer: “Queridx, acho que quem morreu foi você”. A ideia que a gente faz de “música boa” é pessoal sim. E isso não se discute, gosto não se discute, mas se argumenta. Quando eu tinha 12 anos, achava que toda e qualquer música que não fosse essencialmente rock n’ roll não era música. Tudo bem, faz parte da formação de todo o adolescente encontrar sua tribo e não ter vontade de ouvir coisas que se diferenciem disso. É, digamos, compreensível isso acontecer na adolescência. Mas acredito que quando se tem uma certa idade, em que a maturidade se faz mais presente, o preconceito com outras culturas é perceptível. Uma vez vi um meme fazendo piada disso. Batman esbofeteava Robin dizendo: “Pare de achar que cultura é só aquilo que você gosta”. É isso. Mas não são só o Funk, o Pop, o House, o Pagode, o Sertanejo, o Forró e o Samba que sofrem o preconceito dos ditos “rOcKeIrOs” da antiga. O próprio rock sofre isso. Dizer que o rock n’ roll está morto é uma contradição. Um porque, pelo menos a meu ver, o rock é bem mais do que guitarra, baixo e bateria. É atitude, é usar a cultura como protesto, como linguagem, como liberdade. E se você priva as novas canções disso, então quem está matando o rock é você. Se você gosta de rock n’ roll cru, tem muita banda nova fazendo isso. No Brasil é perceptível o crescimento de bandas, cantores e cantoras com sons incríveis de bandas como Far From Alaska, Selvagens à Procura da Lei, Carne Doce, O Terno, Dingo Bells, Maglore, entre outras. Tem também bandas saindo do forno como Cafe Republica, The Outs, Baleia, Beach Combers e Ventre. Já quem gosta de rock gringo mais elaborado, por favor, temos Arctic Monkeys, Twenty one Pilots, Young the Giant, Cage the Elephant, Tame Impala e Florence and The Machine. Se curte um rock no estilo Velvet Underground, tem muitos músicos fazendo maravilhas com essa influência. Vá ouvir Mac Demarco, Father Misty John, Fleet Foxes e Sharon Van Etten. E o que dizer das bandas antigas que voltaram lançando álbuns maravilhosos? Paul McCartney, Queens of The Stone Age, Radiohead, The Strokes e Titãs são só alguns exemplos. Para encerrar, eu peço que vocês, sim, vocês que dizem que o rock está mortinho da Silva, ouçam o novo álbum do Red Hot Chilli Peppers, “Dark Necessities”. Disco sensacional de uma banda em que o baixista, Flea, recentemente deu uma entrevista dizendo “o rock está morto” (opa! Mas e o teu disco??). Sim, queridxs, ele está redondamente enganado. VRAAA! Na sua cara.
Equipe da Padrinho inicia blog com conteúdo de uso livre![]() Por Alexandra Zanela/ Padrinho Agência de Conteúdo Pois então. Ideias e sonhos não valem nada se não as tirarmos da cachola, não é mesmo? Por aqui, não são poucos os sonhos e as ideias que surgem diariamente. As discussões - SOBRE TUDO - também são frequentes. Inquietos com tanto assunto e com muita vontade de produzir conteúdo que, por vezes, passa batido pelos veículos tradicionais, a Padrinho abre o seu blog: Feito em Casa. Não nos apegaremos a temas e muito menos a formatos ou plataformas. Conteúdo é tudo, está em tudo. Cabe a nós o embalarmos corretamente. E isso, sabemos fazer muito bem. Os conteúdos publicados no Feito em Casa são de uso livre, desde que dado o correto crédito e link ativo. A nossa estreia, com o primeiro material, será na quinta-feira, 13 de julho, Dia Mundial do Rock. Convidamos apaixonados pelo estilo para que falassem sobre: "Afinal, o rock está adormecido ou não?" Vida longa ao Feito em Casa! -- Se você tem sugestão de assunto, manda pra gente aqui nos comentários. :) |
PAD - Produção Autoral do DindosO material deste blog é produzido pela equipe da Padrinho Agência de Conteúdo e colaboradores. Ele é de uso livre, desde que, obrigatoriamente, seja dado o correto crédito, com link. Histórico
Novembro 2022
Categorias
Tudo
|