Nossos filhos ouvirão The Who e Beatles, enquanto coleguinhas o hit semana![]() Otto Herok Netto é jornalista, pesquisador musical, assessor de imprensa e produtor cultural. Trabalha na Record TV e é sócio da Gato Preto Comunicação. Reza a lenda que o Rock morreu. Indícios da morte tão falada e anunciada são muitos. Se não, vejamos: cada vez mais as rádios não tocam rock and roll, as emissoras de TV o marginalizam durante décadas, os cadernos de cultura estão mais interessados nos lançamentos do Netflix e os bares abrem cada vez menos espaço para bandas novas ou antigas, que ainda tocam o bom e velho ritmo bastardo, o filho do blues nascido lá no Delta do Mississipi. Porém, o rock e a grande mídia nunca tiveram uma relação lá muito cordial. Lembram dos álbuns do Led Zeppelin detonados pela revista Rolling Stone? A mesma publicação que afirmou que “Layla” era uma obra de mau gosto. Pois é.... Mas não e nunca será por causa da imprensa que o rock é o que é! A entidade mística formada por baixo, guitarra, vocal e bateria (um tecladinho ali, outro acolá) é um ser mutante e permanente que habita outros ares (atenção alerta de clichê!!!!): o coração e os ouvidos de quem gosta de rock. É no corpo de todo o roqueiro, seja ele menos ou mais praticante, que está o "Long Live Rock and Roll" e o motivo pelo qual ele não morre, apenas se transforma. Essa vontade de transformar outros seres em ouvintes de rock ou de uma de suas centenas de vertentes (hard, heavy metal, classic, psicodélico etc etc). Ao longo dos anos, um riff de Keith Richards pode soar diferente, mas a essência é a mesma. O vocal de Robert Plant pode não soar da mesma maneira ao vivo nos dias de hoje, mas lá no "Led Zeppelin 4" continuará poderoso por muitos e muitos anos. Essa magia quase infantil é que nos faz sermos roqueiros sérios e tradicionais. E mais: nossos filhos e netos também vão ouvir The Who e Beatles, enquanto alguns coleguinhas de colégio vão preferir o hit lançado na última semana. De geração em geração, nós os roqueiros, temos uma missão bem clara: difundir e compartilhar o conhecimento musical em formato de disco de vinil, CD, mp3, streaming ou telepatia. Se para muitos ele morreu, para nós segue vivo, “alive and kicking” e botando pra fuder! Dia 13 de julho é uma data a ser celebrada ou, simplesmente, não passa de mais um dia em que ouviremos; no carro, na rua, pra estudar, durante o sexo, no banho ou para desopilar depois de um dia cheio de trabalho; a mesma trilha sonora: o bom e cada vez mais jovem rock and roll!!!
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Novembro 2022
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