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É dia de rock, bebê

13/7/2017

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Se o rock morreu, não me avisaram​

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Por Homero Pivotto Jr.​, jornalista da Padrinho, pai do Benjamin, vocalista de banda ruim e comanda o projeto "O Ben para todo Mal."
Sentei na frente do computador pra escrever sobre rock e pensei: preciso ouvir algo na linha, buscar inspiração! Divaguei mentalmente comigo mesmo e resolvi colocar Damn Laser Vampires, hoje defunta banda de Porto Alegre. Se morreu de vez não se sabe.
​Por ora, assim como as criaturas da noite que inspiram o nome do trio, repousa numa tumba em que escolheu para se retirar de cena. Diferentemente desse tal rock’n’roll, que ocupa covas que talvez nem suas sejam. Explico: essa assombração de achar que o rock morreu. Boto fé que o estilo está e sempre esteve aí para qualquer um que não tenha sido zumbificado pela ideia de que só há artistas interessantes no mainstream. Aí, nessa zona, talvez hajam algumas almas penadas do gênero. Mas há muita vida aqui embaixo, quem vem no sentido céu-inferno. O underground cria vários monstros que o showbusiness rejeita.
Essa nóia de insistir que o rock morreu é uma visão muito comercial. Só avalia números, vendas, faturamento, quantidade de execuções e o caralho a quatro.
E deixa de lado a questão criativa, que é onde deveriam estar os holofotes.
Pode até ser ingênuo achar que o ecossistema roquístico sobreviveria sem girar a roda fortuna. Afinal, envolve gastos com equipamentos, ensaios, gravações, logísticas pra show e whatever. Pero yo voy considerar que, se, como creio, há um potencial que pode ser explorado - gente fazendo som irado -, então, talvez, deva-se repensar algumas situações. É meio o que a amiguinha Alexandra Zanela costuma  afirmar sobre outro tema que nos é caro: o que está em crise não é o jornalismo, é o modelo de mercado. 
Poderia seguir fazendo proselitismo, mas tô mais na pilha de mostrar alguns nomes do submundo que nos fazem manter a fé no ritmo do tinhoso. E como a gente trabalha em uma empresa que gera conteúdo pra internet, vamos cagar isso aqui tudo com links. A ver!
Se você busca o novo Foo Fighters do momento, no sentido de músicas bacanas e com apelo, mas sem perder a essência, ouça a Rebel Machine. Hardão de inclinações pop, com clichês bem colocados, refrães ganchudos e aptidão para rock de arena.

Se preferir algo menos comportado, toma aí: Motorcity Madness. É como um Ramones turbinado pelo lado brucutu de um Motörhead da vida ou um MC5 dilacerado por criaturas horrendas saídas de alguma música do Misfits.
Se o intuito é viajar no som, recomenda-se a Paquetá. Surf music garageiro maroto, embebido naquela psicodelia sapeca à la 60’s e mergulhado na imundície das águas que banham a região metropolitana da capital gaúcha.
A Phanton Powers é igual, só que diferente. Aqui, a rapaziada desliza numa onda mais puxada pro psychobilly e pra um blues cruzão.
Rumo a outras praias, temos a The Completers. Na verdade, aqui não há nada de ensolarado. A atmosfera é melancólica, pero empolgante. Coisa de góxico elegante que transita pelo vale das trevas com camisa de botão.
Outro nome que ecoa alto no ambiente darks é a Lautmusik. Post-punk de categoria, daqueles que faria tia Siouxsie Sioux ficar orgulhosa. Foram escolhidos pelo próprio Robert Smith para abrir o show do The Cure em São Paulo, em 2013.
Às sombras da humanidade também perambula a Shade of Mankind. Encharcada de pessimismo, arrasta uma cruz invertida encardida com o que há de mais sujo na música extrema.
Também há clareiras de luz em meio à escuridão. É preciso até óculos de sol para proteger os olhos vermelhos. O stoner sabbhatico da Red Eye Flyes brilha por aí.
Também merece destaque o punk crust da No Rest. Ao contrário do nome, a banda entra e sai de hiatos periodicamente, já que há integrantes morando fora do país. Porém, nunca deixou de tremular a bandeira negra que hasteia em prol das minorias e da quebra de preconceitos.
Não como mais carne, só que resolvi puxar a brasa pro meu assado mesmo assim, já que todos os nomes citados são ativos e producentes aqui por estes pagos in tha south of heaven.
É só uma pequena amostra. Tem muito mais em nível nacional e mundial. Ainda que seja difícil tapar os ouvidos para tanto barulho, sempre tem os que se fazem de surdos. Aqueles que preferem ouvir só o que toca nas paradas de sucesso. Pra esses, nem adianta gritar. Apns, como diz o L7: pretend we’re dead.
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