Pois o Facebook mais uma vez anunciou mudanças que, adivinhem, vão alterar como vemos o feed de notícias.
No comunicado desta quinta, a companhia do tio Mark Zuckerberg basicamente disse que priorizará em seu algoritmo a visualização de posts de amigos, membros familiares e de grupos, em um movimento com reflexos imediatos na redução de alcance das publicações de empresas e de veículos de comunicação. E aí está o caroço da questão, como falam os mais antigos: à primeira vista, parece apenas um movimento do Facebook em direção de “bem-estar”, palavra utilizada pela companhia - e a declaração da chefe de pesquisas de Feed de Notícias, Laureen Scissors, traz mesmo esse indicativo: “Apenas rolar o feed, lendo passivamente ou observando sem interações, tende a fazer as pessoas se sentirem pior”, afirmou, ao justificar a intenção de destacar a visibilidade das conexões entre pessoas da mesma rede, principalmente se curtirem, comentarem ou compartilharem conteúdos. O raciocínio de Laureen e a explicação sobre as mudanças constam em um vídeo divulgado pelo próprio Facebook. Mas vale considerar, também, o que não foi dito no material de 1 minuto e 51 segundos. Basicamente, dois pontos: 1 - Esse movimento afetará diretamente companhias que apostam na rede e em suas interações para obter relevância e engajamento junto ao público. Vale para jornais, fabricantes de veículos, parque de diversões - basta escolher o nicho corporativo. Nesse cenário, a saída para manter a relevância está em apostar cada vez mais nos anúncios, um caminho inegavelmente lucrativo ao Facebook. E, também, em gerar conteúdos capazes de gerar interações entre os seguidores. Convenhamos, isso já faz parte das práticas de qualquer social media que se preze. 2 - Após a eleição de Trump nos Estados Unidos, a reputação do Facebook sofreu arranhões devido à proliferação das fake news. Virou regra geral considerar que as notícias falsas influenciaram a corrida eleitoral - ainda que o quadro parece não ter sido tão ruim assim, como aponta um estudo da Universidade Dartmouth. Ou seja: em tese, o Facebook parece caminhar na direção de frear a disseminação de conteúdos de notícias (sejam reais ou falsas). Avançando na divagação, seria como reduzir a quantidade de links disponíveis para mitigar o compartilhamento pelas pessoas. Para Zuckerberg, a expectativa com as mudanças é que “o tempo gasto por você no Facebook seja mais valioso”. Trata-se de um argumento válido, conforme a opinião da sócia e Diretora de Conteúdo da Padrinho, Alexandra Zanela: “Do ponto de vista de pessoa física, essa mudança é interessante para as relações, porque passamos a usar o Facebook mais para se relacionar com as pessoas. Do ponto de vista de produtores de conteúdo, torna a nossa vida mais complicada. Ok, mas temos um veredicto? “Ao final, é positivo porque qualifica o conteúdo entregue na ponta”, complementa Alexandra. Como a mudança de algoritmo sequer entrou em vigor e ocorrerá gradativamente, resta conferir o desenrolar. Nada impossível de se observar, afinal, estamos praticamente conectados na rede do Mark.
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Novembro 2022
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