![]() Já virou chavão se referir a 2018 como o ano da eleição da internet. Nada de errado nisso, convenhamos, pois o crescimento de importância das redes sociais e demais plataformas digitais traz todos os indicativos de fenômeno irreversível. Eleição sem internet é como carro sem pneus: não há como sair do lugar, por mais que todo o resto esteja bem. Mas vai uma boa distância entre reconhecer a importância do digital nas campanhas e saber usá-la bem. Mais ainda agora, com o recente anúncio de mudanças no algoritmo do Facebook com o intuito de privilegiar a divulgação, na timeline, de posts do círculo de amigos em detrimento dos conteúdos de páginas, qualquer página - de times esportivos, empresas, jornais, artistas, políticos. O “NOVO” FACEBOOK Explicamos os objetivos do Facebook neste link: tentar conter a disseminação de notícias falsas (fakenews) e faturar mais com anúncios, não necessariamente nesta mesma ordem. Motivações à parte, fato é que a alteração do algoritmo obriga a todos que lidam com páginas de Facebook a rever estratégias. No caso específico da política, afetará de maneira mais drástica quem ainda engatinha no universo on-line, com presença digital restrita a um perfil “pessoa física”, com limite de 5 mil amigos, ou uma página com poucas mil curtidas. Quem já tem fanpage com um número mais expressivo de seguidores - 50 mil, por exemplo - terá chances de construir ou manter uma comunicação efetiva com o público, por meio de conteúdo orgânico com alto potencial de engajamento. Vale lembrar: postagens patrocinadas são proibidas em período de campanha, por força da legislação eleitoral. COMO CONSTRUIR O PÚBLICO É isso que torna a vida dos iniciantes nas redes sociais mais complicada, já que a construção de uma base de seguidores não se dá mais apenas com conteúdo orgânico; é preciso investir em anúncios, até por uma questão de refinamento de público conforme preferências pessoais e afinidades - ser assertivo neste ponto é a chave para o sucesso, o popular “falar para a pessoa certa, a coisa certa, na hora certa”. E pouco adianta lembrar que existe um perfil pessoal do político já com os 5 mil amigos, talvez dois ou três perfis assim - algo como Fulano 1 lotado, Fulano 2 lotado. O argumento de que as interações nesses meios ganhará alcance é válido, mas perde força diante da qualificação do público - um universo restrito, possivelmente composto por quem já é eleitor do político. Por que produzir conteúdo para quem já se tem o voto? A campanha precisa expandir os horizontes e atingir novas pessoas. 7 BOAS SAÍDAS PARA A CAMPANHA DIGITAL Ou seja, a campanha de 2018 na internet representa uma equação de difícil resolução, mas não impossível. Aqui vão 7 boas soluções: 1 - Planejamento de conteúdo; 2 - Construção de público dentro do período permitido pela legislação; 3 - Produção de conteúdo qualificado, com alto potencial de engajamento (leia-se compartilhamento); 4 - Aposta nos vídeos com formato internet: curtos, com possibilidade de gravação no celular, sem pirotecnia; 5 - Vídeos ao vivo; 6 - E, sim, outras plataformas, quando houver fôlego e estrutura: stories do Instagram, newsletters, site com a plataforma de propostas… 7 - WhatsApp: mobilizar uma rede orgânica para compartilhamento de conteúdos. É como campanha à moda antiga, mas na tela do telefone. Bônus: Planejamento, planejamento e mais planejamento. Comunicação, com resultado, se faz com muito planejamento e estratégia. Ou o candidato verá seu dinheiro ir embora pela janela e sua vitória nas urnas ficar para a próxima.
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Novembro 2022
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