![]() Por Alexandra Zanela Com picos de até 700 mil pessoas simultâneas, o jogo Grêmio e Libertad, ontem à noite (25/07), pelas oitavas de final da Libertadores, foi transmitido via Facebook. Foi minha primeira vez acompanhando uma partida pelo Face. Sim, ok, sei que isso já está rolando tem um tempo, mas eu não sou tão adepta aos 90 minutos. Eu estava, mesmo, interessada no comportamento do torcedor, no formato da transmissão, nos novos negócios. Neste mundo moderno-digital-que-ressignifica-tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Mas confesso que algumas coisas me frustraram. A principal foi o formato da narração. Eu criei uma expectativa de que teria uma transmissão mais moderna, fluida, condizente com o meio (rede social). O que encontrei foi uma narração que parece ter sido transposta da já tradicional e consolidada narração de TV, com pitadas de rádio. Me fez pensar em jornais que, em pleno 2019, ainda fazem a simples transposição do conteúdo do papel para o online. São digitalizados achando que são digitais, como se ainda vivêssemos em 1996. Voltando à vaca fria, ou melhor, ao futebol: a possibilidade de ter os jogos transmitidos via ferramenta que tem mais de 130 milhões de usuários no Brasil (dados de janeiro de 2019), é INCRÍVEL! E ela é democrática, como mostram os números. Ontem, enquanto o público presente na Arena era de 39 mil pessoas, na rede, chegamos a picos de mais de 700 mil ao mesmo tempo. É a mostra de um novo comportamento de consumo, uma mudança de mindset (para usar a palavra da moda) que reflete o momento em que vivemos. Aqui estamos falando de futebol, que envolve paixão, mas podemos levar este case para o varejo, para o comércio, para o serviço. Quem escolhe o que vai consumir e, principalmente, como vai consumir é o consumidor. Isso parece uma frase um tanto óbvia, não é mesmo? No entanto, não é, ou não era até a internet chegar e mudar tudo que conhecíamos. Mas se é o consumidor que dita as regras, como fica o futuro das empresas que não estão conscientes a esta (radical) mudança? Eu arrisco a dizer que o futuro não é promissor para estas empresas. A cada dia que passa, temos de entender mais e mais o consumidor e suas peculiaridades, compreendendo que, apesar da massificação, cada pessoa é única e precisa ser entendida assim - e olha que se tratando de negócios, uma pessoa pode ser duas ou três personas dependendo do dia e do horário - ninguém consome igual em dias de semana e fins de semana, por exemplo. Voltando para o meu tricolor e a frustração desta torcedora eventual. Uma hora antes de o jogo começar eu já estava olhando a página no Facebook para conferir o link com a transmissão e não achei uma única informação de que ele estaria ali em breve. Senti falta de ser 'abraçada', 'recepcionada', 'atendida'. Senti falta de informação, eu queria ter aberto a rede e dado de cara com um post reto e direto dizendo qual link seria a transmissão e o horário. Lembramos que eu não sou uma torcedora que acompanha de perto os jogos, e me senti abandonada. Do ponto de vista de business, eu seria um lead praticamente perdido. Iniciada a transmissão, coloco o Facebook na TV e aguardo a disrupção. Infelizmente ela não veio. Como já escrevi acima, a narração me levou a década de 80, narrador com voz em falsete, com gritos agudos bastante irritantes, frases feitas e bastante machismo. O narrador insistia em pedir que as pessoas comentassem na 'caixa de comentários' de onde eram, mas ficou transparente de que ele não entende o funcionamento das redes sociais. Era como se ele tivesse lendo um texto que alguém escreveu. Automático. O intervalo do jogo é uma cópia descarada do modelo TV. Corta para um profissional no estúdio, em pé, na frente de uma tela grande, com algumas informações, lendo comentários dos torcedores. Isso, definitivamente, não é social. Credo, Alexandra, quanta crítica, até parece que você está jogando contra. Não! Não estou, pelo contrário. Estou celebrando este novo momento em que o futebol vive, mas não posso deixar de lado minha frustração. Bom que tem transmissão via Facebook, mas está longe de ser uma transmissão com DNA digital, infelizmente. Outro ponto que me chamou a atenção é a falta de informações sobre a partida, os times, os jogadores, a competição. E entendo que a transmissão é do Grêmio e que será falado muito mais dele, que tem opinião, amor, paixão etc. Do meu ponto de vista, isso não inviabiliza que os narradores, comentaristas, repórteres, tragam informações, pelo contrário, isso é o que enriquece a transmissão, uma vez que críticas bem feitas ampliam o nosso espectro de vida. Críticas feitas, foi um bom jogo. 2 a 0 em casa, com 10 homens em campo, agora é foco nas quartas de final da Libertadores. E como reforçou o narrador no jogo de ontem: o Grêmio é Copeiro!
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Você já deve ter ouvido falar de entidades espirituais, pai e mãe de santo, preto velho e terreiro de umbanda. Já deve ter dito para alguém “vai tomar um banho de sal grosso”, insinuando que a pessoa precisa tirar a carga negativa do corpo, ou então que alguém “precisa tomar um passe”.
Sabendo de tudo isso, você consegue explicar de onde vêm essas expressões? Existe muito preconceito e tabu sobre as religiões no Brasil. A Umbanda, por exemplo, é uma das que mais provoca curiosidade e comentários de quem não conhece.
Pensando também nas cenas que sempre vemos na virada do ano na praia, por exemplo, de pessoas jogando flores no mar, decidimos tentar esclarecer e desmistificar um pouco o assunto. Para isso, conversamos com quem entende e convive neste universo de terreiro. Dê o play aqui embaixo e entenda mais sobre a cultura da umbanda. ![]()
Os 55 deputados gaúchos eleitos para o mandato que vai até 2022 tomaram posse hoje e a gente foi conferir.
Ouvimos o novo presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Luís Augusto Lara (PTB), que projeta um trabalho de valorização dos servidores de carreira da Assembleia, alinhado com os presidentes que o sucederão. Entre as principais medidas, o deputado destacou que irá a Brasília ainda em fevereiro para conversar pessoalmente com ministros do Supremo Tribunal Federal, em especial o ministro Luiz Fux. Isso porque o prazo estipulado pelo STF para que o Congresso fizesse o cálculo de quanto o Governo Federal deve aos Estados em função da Lei Kandir já expirou e, segundo a determinação dos magistrados, este cálculo deveria estar, agora, nas mãos do Tribunal de Contas da União. A ideia é que a partir da definição do valor e de nova sentença, desta vez ordenando o pagamento, o executivo gaúcho tenha força para negociar um acordo de recuperação, pedindo encontro de contas com o Governo Federal. Uma das vozes fortes da oposição, a deputada Luciana Genro (PSOL) antecipa que encaminhará cerca de trinta projetos de lei imediatamente, contemplando diversas áreas, e garante que fará frente a alguns dos objetivos centrais do atual governo. Ouça: ![]() O dito mundo real nunca esteve tão surreal. O ano de 2019 mal começou e já temos frases e acontecimentos nesta nossa pátria amada que desafiam até as mentes mais criativas e revolucionárias. Entre as loucuras que essa turminha do barulho anda aprontando na sessão da tarde de cada dia, está uma certa ministra que não esconde sua aversão pelo movimento feminista. Fica claro pelas suas falas que ela sequer tem ideia do que se trata e como sabemos que a Bíblia é o único livro no qual ela confia e não vai adiantar recomendar a leitura das teóricas feministas, quem sabe ela não encontre um tempo, entre uma oração e outra, para assistir ao documentário Feministas: o que elas estavam pensando?. Dirigido por Johanna Demetrakas (que já havia documentado a nudez feminina nos filmes B de Hollywood no ótimo Some Nudity Required), o filme, disponível na plataforma Netflix, tem como ponto de partida a exposição da fotógrafa Cynthia MacAdams, composta por retratos que integram seu livro Emergence, lançado em 1979. Nas fotos, ela retratou mulheres das mais diversas idades, com os mais diversos corpos. Posando ou pegas de surpresa. Em comum entre elas está uma liberdade ofensiva demais para aqueles tempos. Infelizmente, hoje nos perguntamos: será que só para os tão distantes anos 70? Os depoimentos de mulheres como Jane Fonda, Lily Tomlin, Laurie Anderson e Michelle Phillips relembram as agruras que enfrentaram para seguirem em frente no mundo da arte. A percepção de que o gênero influenciava suas vitórias e derrotas, os inúmeros questionamentos sobre suas capacidades e os incontáveis nãos que ouviram ao longo de suas carreiras provocam nas espectadoras uma sensação desoladora. Ainda estamos na mesma situação. Ouvir mulheres com mais de 50 anos relatando situações que nós, mulheres de todas as idades, ainda vivenciamos, reforça a verdadeira vontade do movimento feminista, que é a de um mundo com mais igualdade entre homens e mulheres. "Se vierem com o papo de que |
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